Mesas Redondas
Dia 31/05/2023 - 15:00h às 17:00H
Mesa 01: “20 anos da Lei 10.639/03: balanços, desafios e perspectivas em sua implementação no Piauí”.
Coordenador: Prof. Dr. Raimundo Nonato Ferreira do Nascimento
Expositores/as
Prof. Dr. José da Cruz Bispo de Miranda - UESPI
Profa. Me: Luciana Soares da Cruz - IFPI
Cláudio Rodrigues de Melo - GID/SEDUC
Resumo: As relações étnico-raciais no espaço educativo têm se constituído como um importante tema de reflexão nas diversas áreas do conhecimento: Educação, Direito, História, Letras e Linguagem, Ciências Sociais/Antropologia, entre outras. Tais debates tem como ponto central a promoção e concretização de uma educação antirracista. Nesse sentido, a Lei 10.639/03 que instituiu a obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Africana e Afro-brasileira na educação tem se destacado como um importante instrumento de luta na e para a implementação de uma educação pautada no respeito às diferenças, e no diálogo intercultural. Seguindo nessa perspectiva, pretendemos refletir sobre o processo de implementação no estado do Piauí, apontando os desafios, avanços e perspectivas, seja na educação básica, técnico e tecnológica ou superior.
Dia 01/06/2023 - 14:00 às 16h
Mesa 02: Deficiência e anticapacitismo: perspectivas interseccionais.
Coordenadora: Mônica da Silva Araujo -UFPI
Expositores/as:
Anahí Guedes Mello - Pesquisadora do Anis - Instituto de Bioética e do Núcleo de Estudos sobre Deficiência (NED) - CFH – UFSC; Membra do Comitê de Deficiência e Acessibilidade da ABA (CODEA)
Eudenia Magalhães Barros - Pesquisadora do Instituto Desenvolvimento, Estratégia e Conhecimento (IDESCO), Membra do Comitê de Deficiência e Acessibilidade da ABA (CODEA)
Nádia Meinerz - (UFAL)
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Resumo:
A deficiência pode ser compreendida como um fenômeno social complexo e multidimensional, podendo ser pensada tanto do ponto de vista da experiência, como da sua posição enquanto categoria analítica. Nas décadas recentes, os Estudos da Deficiência têm convidado a antropologia a produzir reflexões da ordem da teoria, ética e metodologia, notadamente sobre o lugar do corpo e das sensibilidades no trabalho de campo e na produção escrita. O objetivo da mesa em questão é oferecer, a partir de análises que partem do campo dos Estudos da Deficiência e da Teoria Crip, uma perspectiva crítica, disruptiva e interseccional, que articule a deficiência à raça, gênero, classe e geração, contribuindo assim para a produção de narrativas contra-hegemônicas. Finalmente, esperamos colaborar para uma reflexão sobre a deficiência no contexto da Universidade Federal do Piauí, em termos de acessibilidade, políticas de inclusão e permanência de estudantes, mas também a partir das experiências múltiplas e subjetivas.
Dia 01/06/2023 - 16:00 às 18h
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Mesa 03: Marcadores Sociais da Diferença: Gênero, Raça e Sexualidades em perspectiva para desvelar processos sócio-históricos, conquista de direitos e horizontes plurais
Coordenadora: Profa. Dra. Mariane da Silva Pisani – UFPI
Expositoras:
Dra. Olívia Cristina Perez - UFPI
Dra. Adriana Tolentino Sousa - USP
Dra. Edilma do Nascimento Souza – UNIVASF
Joseane Borges - Gerente de Enfrentamento a LGBTfobia no Estado do Piauí
Me. Letícia Carolina Pereira Nascimento - UFPI
Debatedora: Gleiciane Silva – PPGAnt/UFPI
Resumo:
Os Marcadores Sociais da Diferença podem ser compreendidos como formas de categorização, que não somente delimitam, mas que também fornecem possibilidades de ação aos sujeitos e à construção de subjetividades diversas. É no processo de construção de subjetividades que os Marcadores Sociais da Diferença tornam-se essenciais uma vez que nos auxiliam na compreensão dos sistemas e estruturas que classificam e organizam a experiência dos indivíduos, sejam eles homens ou mulheres. As categorias de gênero, raça e sexualidades surgem a partir de convenções sociais e culturais que operam, regulam e conformam vidas, corpos, desejos, afetos e experiências. Ao compreendermos os mecanismos de exclusão, inclusão, valorização ou desvalorização de tais categorias, poderemos, também, delinear os caminhos pelos quais algumas subjetividades são mais ou menos oprimidas que outras. Esta mesa temática congregará mulheres, que pesquisam e trabalham desde o estado do Piauí ou de outros estados do nordeste, com o intuito de discutir como a conexão entre esses Marcadores Sociais da Diferença desvelam processos socio-históricos de discriminação e ensejam possibilidades múltiplas de luta por direitos, resistências ante as violências e enfrentamentos para construção de um horizonte mais plural. As palestrantes farão suas considerações com base em suas pesquisas acadêmicas, atuação na sociedade civil e vivências pessoais.
Dia 02/06/2023 - 14:00 às 16h
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Mesa 04: Warao: indígenas migrantes e refugiados em lutas por Direitos
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Coordenador: Prof. Dr. Raoni Borges Barbosa – FAPEPI/PPGAnt/UFPI
Expositores/as
Prof. Dr. Carlos Alberto Marinho Cirino - UFRR
Profa. Dra. Jenny González Muñoz – UFMG
Profa. Dra. Eliane Anselmo da Silva – UERN
Prof. Yovini Eulalio Torres Blanco – Liderança e educador indígena Warao
Resumo: Esta Mesa Temática reúne pesquisadores de diversas instituições acadêmicas dedicados ao acompanhamento sistemático da Questão Social em torno do povo indígena Warao enquanto população migrante e em situação de refúgio dispersa pelo Brasil. Tal acompanhamento – para além das mobilizações de cada pesquisador no cotidiano de confronto com as instâncias jurídicas, policiais e político-administrativas que operam a tutela, a representação, a assistência e mesmo o assédio e o racismo institucional – implica em estudo e pesquisa sempre renovados. Nesse sentido, desponta a discussão sobre identidades étnicas, idiomas socioculturais, horizontes morais-emotivos, redes sociotécnicas e projetos políticos em metamorfose e reinvenção. Constrangimentos socioeconômicos e pressões sócio-ecológico-territoriais perpassam, assim, o contexto simbólico-interacional e o campo estrutural de definição da situação da vida coletiva Warao. Esta Mesa Temática, portanto, pretende problematizar a complexidade cruzada de práticas do e para os Waraos, bem como os sentidos da pragmática das múltiplas agências aí envolvidas.
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Dia 02/06/2023 - 16:00 às 18h
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Mesa 05: Ações em defesa dos direitos dos povos e comunidades tradicionais e a agenda ambiental
Coordenador/a: Carmen Lúcia Silva Lima – PPGANT/ LAB PNCSA/UFPI
Expositores/as
Élida Maria Cardoso de Brito - Instituto Federal do Piauí - IFPI
Marinalda Rodrigues - Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu - MIQCB
Mestre Naldino – Quilombo Custaneira
Sávio Santos – Povo Tabajara Alongás da Oiticia
Debatedor/a
Benoni Moreira – Defensoria Pública da União - DPU
Resumo:
A inclusão da temática de povos e comunidades tradicionais na agenda ambiental do Brasil se dá, sobretudo, sob a sua influência nas discussões sobre áreas protegidas e das mobilizações locais, cujos grupos sociais portadores de identidade étnica e coletiva passaram a incorporar a variável ambiental como dimensão de suas lutas políticas por direito a terras e acesso aos recursos naturais. É preciso, portanto, perceber esses povos e seus territórios não apenas com um olhar protecionista, mas como agentes de atuação política. Sendo povos e comunidades que buscam justiça por meio do reconhecimento de sua identidade e de políticas distributivas, pode-se dizer que existem sinergias importantes entre a sustentabilidade, a justiça ambiental e o empoderamento desses povos historicamente explorados e excluídos. E é por meio dos movimentos sociais que esses temas se fortalecem mutuamente. Nessa dinâmica, se faz importante compreender os movimentos étnicos em nível de América Latina, Brasil e localmente, no sentido de identificar demandas que convergem na discussão sobre justiça social e ambiental. Desta forma, esta mesa redonda discutirá sobre a importância da participação política das comunidades tradicionais nos espaços públicos de poder, lutando por questões que, ao tempo que remetem à sua própria sobrevivência e reprodução social e cultural, remetem à proteção ambiental e a garantia de serviços ambientais a todos.
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